terça-feira, 15 de janeiro de 2013


A tarde do dia dez de Novembro preparava-se para abandonar a cidade quando fomos recebidos por Pedro Abrunhosa, na Pousada de São Francisco. O músico mostrou, desde logo, uma enorme amabilidade para connosco, nesta que era a nossa primeira entrevista.

C.J. - Boa tarde. Somos da Escola Mário Beirão e viemos entrevistá-lo para o jornal "O Pião ". Desde já queríamos agradecer a sua disponibilidade. Passemos então às perguntas:
C.J.- Sempre quis seguir a carreira musical ou tinha outros sonhos? Se sim, quais?
P.A. - A música foi um dos sonhos cumpridos, ficam sempre outros por cumprir nós não podemos ter só um sonho na vida, mas uma das coisas que eu queria ter feito, profissionalmente, era ser arqueólogo ou historiador e aqui em Beja é um sítio onde há muita história. Por isso é que me apanharam na rua porque, geralmente, antes dos concertos eu não saio. Mas Beja é um sítio especial e obviamente com muita coisa para ver.
C.J.- Com que estilo musical começou a sua carreira?
P.A. - Com as escalas: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó (risos). Com a aprendizagem que já faz parte da carreira, depois o Jazz e depois do Jazz a música clássica também. Mas isso tudo já faz parte da escola somatória daquilo que aprendemos e, até ao último ano da Faculdade, vocês vão perceber isso : tudo faz parte da carreira.
C.J.- O programa "Ídolos" vai ter alguma influência futura?
P.A.- O programa "Ídolos"? Esse já acabou há muito tempo. Influência só nos miúdos. Aquilo é apenas um programa de variedades e de entretenimento não teve qualquer tipo de impacto na minha vida.
C.J.- No que se inspira para escrever?
P.A - Na vida. Por exemplo, ao passear assim e a apreciar as coisas. Qual é melhor inspiração senão a vida? Uma pessoa que vive numa "cela", fechada, sem nunca ter visto o mundo, o que é que poderá escrever, senão sobre a sua própria "cela"? Portanto, nós para escrevermos temos que viver, não há outra maneira.
C.J.- Tem próximos projetos em mente?
P.A. - Essa pergunta...São tantos que não vos posso responder. Mas, claro, o primeiro deles é manter aquilo que vos dizia: manter o sonho vivo. As pessoas quando deixam de ter objetivos e sonhos e acham que já fizeram tudo, é melhor que tomem a pulsação porque, se calhar, já estão mortas. Portanto, ter objetivos e sonhos é, para mim, uma necessidade vital. É por isso que essa pergunta, no meu caso, que tenho feito bastantes coisas, não tem resposta pois estou constantemente com ideias novas.
C.A- Muito obrigada. Gostámos muito de conhecê-lo. Esperamos vê-lo em breve!
P.A - Obrigado eu!



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