quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pira & Arty Gatzo - Beat Box

No dia 17 de Outubro, na sala de convívio, iniciou-se o ciclo de concertos "Tá o balh'armado", com a presença de Pira & Arty Gatzo, que nos presentearam com um excelente espetáculo de Beat Box.


Clube – Olá,nós somos os jornalistas da Mário Beirão e gostávamos de vos fazer algumas perguntas.
Beat Box – Força, estamos cá para isso!
Clube – Como a professora Ana Albuquerque nos impôs um número limitado de perguntas, aqui vai um 3 em 1. Onde, quando e como nasceu este grupo?
Beat Box – Bom… grupo, não se pode dizer grupo, tipo, ele faz a cena dele e eu faço a minha cena. Isto surgiu à volta de 9, 10 anos. Sim, foi isso. Começámos com umas batidas fraquinhas na rua com o pessoal entre amigos, uns tocavam, outros cantavam como o estilo hip-hop. Percebes?
Clube – Nunca pensaram em mudar de estilo?
Beat Box – Mudar de estilo não, inovar.
Clube – Alguma vez imaginaram que o grupo se tornaria num êxito?
Beat Box – Por acaso é uma boa pergunta, nesta vertente do hip-hop é sempre um bocadinho complicado conseguir ter êxito. Talvez, com alguns contactos e conhecimentos, é capaz de ser possível…, eu já estive em grandes concertos e também com grandes artistas. Já tive com pessoas bastante conhecidas inclusive na OviBeja estive com Dj Pete tha Zouke”…também já entrei em campeonatos em Leiria e no Algarve. Em Leiria fiquei em 2º lugar e no Algarve em fiquei em 3º e o Pina ficou em 6º e em 4º lugar.
Clube – Então, o público que está aqui é em grande maioria adolescentes, mas também há os cotas que, às vezes, não vos adoram. Como é que vocês lidam com isso?
Beat Box – Não é bem assim. Os cotas têm lidado bastante bem, têm aderido bem porque nunca ouviram este estilo de Beat Box (fazer isto uns sons misturados pela boca) e por acaso os cotas até ficam surpreendidos porque o Beat Box também varia entre muitos estilos musicais. A gente consegue fazer vários estilos, pode-se fazer tudo. Eu acho que nunca se é cota e os cotas entendem que isto é música. É um gosto musical, e o estilo de música pode ser alterado para o gosto dos cotas. Nós também podemos fazer música pimba como podemos fazer uma coisa mais pop portanto é muito em função do público alvo.
Clube – Como é que explicam a relação que nós jovens, adolescentes, temos com este tipo de música?
Beat Box – Principalmente nos concertos, como estamos a fazer uma coisa mais actual, mais moderna, o pessoal dança, salta, canta, bate palmas, a gente sabe que vocês gostam. O Beat Box é uma coisa atual, atése pode dizer que acerca de 3, 4 anos pouco se ouvia falar, disparou agora com os reclames, anúncios, a partir daí começou a ser mais conhecido, mas há muitos artistas e com muito talento…
Clube – Bom, vocês disseram que o Beat Box era uma coisa atual. Aa 1ª vez que vocês pisaram um palco para um grande público foi, presumo,  há um tempo.”
Beat Box – Há “bué”.
Clube – Como foi? Com tanto CO2 no ar, controlar a respiração…, qual foi a sensação?
Beat Box – São muitos nervos, quando se sobe a um palco assim e as pernas não querem parar, as palavras prendem-se, sei lá… não é fácil, não é fácil, mas no fundo o pessoal gosta e é uma boa sensação.
Clube – Por último, gostaríamos de saber os vossos projectos futuros e próximos concertos.
Beat Box – Bom projectos, assim mesmo a sério, desses não temos assim muito em mente, porque eu tenho mais tempo livre do que ele e gostaria imenso de me juntar aqui com o Pira e fazer um grande projecto e fazer grandes concertos com ele, mas o tempo não deixa. Agora, em relação a mim, tenho alguns projectos. Estou agora a começar um projecto com músicas variadas porque assim tenho mais tempo em palco. Normalmente quando atuamos em Beat Box, os nossos concertos só são tipo 15 minutos e se for 20 minutos já é demais… Temos de apanhar ar porque os pulmões esvaziam completamente. Com músicas variadas já dá para uma atuação mais prolongada, pelo menos 45/60 minutos, isso depende da criatividade de cada um, se nos puxarmos bem conseguimos fazer um bom concerto com isso. É este o próximo projecto que eu tenho em mente.
Clube – Ok, obrigada por terem vindo mas agora vou deixar o público ser um pouco mais alegre e não tão secante, por isso é a vossa vez.

Ana Rita e João Caseiro

O espetáculo de Beat box foi espetacular e os dois músicos arrasaram em palco. A sala estava com muita gente. Ainda houve quem tivesse coragem para subir ao palco, como aconteceu com o Pedro Mendes e o André Santos e depois com o Taylor Mello, um aluno do 4º E. Ele chamou bastante a atenção dos presentes e, segundo o Arty e o Pira, tem muito talento e, se treinar muito, pode vir a ser um dos melhores.


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