Esta
entrevista foi realizada na Biblioteca Municipal de Beja, onde entrevistamos
Cristina Taclim, onde aprendemos o que
um livro pode significar e que a biblioteca não serve apenas para “ler”.
Descobrimos
que biblioteca não trabalha só com crianças, nos últimos anos têm vindo a
alargar muito o trabalho na área de formação de leitores a grupos de idosos.
Por exemplo, trabalhamos com pessoas da Caritas que são os nossos “sem-abrigos”
que, por vezes, vão à biblioteca apenas para se sentirem aconchegados, pois
está mais quente do que lá fora, algo que não nos apercebemos, visto que temos
casacos, agasalhos e tudo mais. É por isto que a biblioteca não trabalha
simplesmente o “aprender” a ler, nem obriga a tal. Ensina-nos que ler pode ser
um mundo onde nos podemos encontrar connosco, motivando-nos assim para a leitura,
criando contextos propícios ao ato de ler.
Perguntamos à Cristina qual é o contexto
“indicado” para a palavra livro, tendo esta tantos contextos
diferentes. Para ela, o livro é um lugar que a permite encontrar-se consigo
própria, “Quando pensamos num livro desta maneira, não entendemos a leitura
como uma coisa por obrigação” – afirma. Confidenciou-nos,
também, que desde pequenina sempre adorou ler, algo que alimenta imenso a sua imaginação
e aconselha a todos os jovens que leiam muito. Quando começou a trabalhar na
biblioteca foi como um sonho tornado realidade, sentiu-se “deliciada” , porque aí
descobriu outras obras com que se identificou.
Mais
tarde, visitámos uma exposição sobre malas, que continham vários objetos e
textos imaginados, escritos por autores conhecidos. Com objetivo de criar uma
nova história, pois as malas não continham a sua história explícita.
Mostrou-nos
também os espaços onde trabalhava a leitura e fazia diversas atividades com
crianças, jovens e idosos.
Com
esta visita à biblioteca compreendemos que um livro não é apenas uma história
escrita em vão, mas sim um mundo de imaginação.
Sem comentários:
Enviar um comentário