quarta-feira, 15 de maio de 2013

À conversa com Cristina Taclim


Esta entrevista foi realizada na Biblioteca Municipal de Beja, onde entrevistamos Cristina  Taclim, onde aprendemos o que um livro pode significar e que a biblioteca não serve apenas para “ler”.
Descobrimos que biblioteca não trabalha só com crianças, nos últimos anos têm vindo a alargar muito o trabalho na área de formação de leitores a grupos de idosos. Por exemplo, trabalhamos com pessoas da Caritas que são os nossos “sem-abrigos” que, por vezes, vão à biblioteca apenas para se sentirem aconchegados, pois está mais quente do que lá fora, algo que não nos apercebemos, visto que temos casacos, agasalhos e tudo mais. É por isto que a biblioteca não trabalha simplesmente o “aprender” a ler, nem obriga a tal. Ensina-nos que ler pode ser um mundo onde nos podemos encontrar connosco, motivando-nos assim para a leitura, criando contextos propícios ao ato de ler.
 Perguntamos à Cristina qual é o contexto “indicado” para  a palavra livro, tendo esta tantos contextos diferentes. Para ela, o livro é um lugar que a permite encontrar-se consigo própria, “Quando pensamos num livro desta maneira, não entendemos a leitura como uma coisa por obrigação” – afirma. Confidenciou-nos, também, que desde pequenina sempre adorou ler, algo que alimenta imenso a sua imaginação e aconselha a todos os jovens que leiam muito. Quando começou a trabalhar na biblioteca foi como um sonho tornado realidade, sentiu-se “deliciada” , porque aí descobriu outras obras com que se identificou.
Mais tarde, visitámos uma exposição sobre malas, que continham vários objetos e textos imaginados, escritos por autores conhecidos. Com objetivo de criar uma nova história, pois as malas não continham a sua história explícita.
Mostrou-nos também os espaços onde trabalhava a leitura e fazia diversas atividades com crianças, jovens e idosos.
Com esta visita à biblioteca compreendemos que um livro não é apenas uma história escrita em vão, mas sim um mundo de imaginação.

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